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Apresentando enredo sobre Amazônia, Estácio de Sá é vice-campeã da Série Ouro do Carnaval no RJ

Sob o enredo “O Leão se engerou em encantado amazônico”, a agremiação buscou falar da cultura ancestral indígena, que exalta os encantados como protetores da floresta contra a ganância e o desmatamento

Com enredo sobre a Amazônia e elementos do Festival de Parintins, Estácio de Sá é a vice-campeã da Série Ouro do Carnaval do Rio 2025. A escola de samba alcançou a nota final de 269.3, apenas dois décimos atrás da campeã: Acadêmicos de Niterói – cujo este é seu primeiro título da história.

O leão, símbolo da Escola de Samba Estácio de Sá, se aventurou pela floresta amazônica durante toda a apresentação. O animal, que não é natural região, teve o auxílio de seres encantados da Amazônia para conseguir realizar o feito.

Sob o enredo “O Leão se engerou em encantado amazônico”, a agremiação do Morro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, buscou falar da cultura ancestral indígena, que exalta os encantados como protetores da floresta contra a ganância e o desmatamento.

Autor do enredo, o carnavalesco Marcus Paulo explicou que o significado de “engerar”, verbo que aparece no nome do enredo, é uma palavra de origem indígena para indicar transformação.

 

“O leão não é conhecedor da Amazônia, então eu criei um ‘engeramento’ pra esse leão, ele é ‘engerado’ num ritual de pajelança e convocado para conhecer a Floresta Amazônica através dos olhares desses encantados”, explicou o carnavalesco.

 

Caprichoso e Garantido

 

Um grande destaque do desfile da Estácio de Sá foi o terceiro e último setor onde a escola celebrou os festivais culturais da Amazônia e a riqueza do folclore regional, com maior destaque para Parintins e os bois-bumbás Caprichoso e Garantido.

A alegoria “Encantados Eternos: Guardiões da Floresta” representou o encontro do Leão com o universo dos encantados, seres que incorporam os elementos e riquezas da floresta. O último carro “Festas e Festivais da Floresta No Templo Dos Sambistas” encerrou o desfile celebrando o encontro entre os festivais culturais da Amazônia e o samba carioca.

A cenografia traduziu as festas amazônicas, que misturam elementos da natureza e da cultura local e ribeirinhos, entrelaçados com os símbolos do samba carioca, reforçando a conexão entre os guardiões da cultura amazônica.

Ainda com o verde bastante presente em todo o desfile, a Estácio de Sá trouxe um grande arco com cerca de 16 metros de altura, representando a Apoteose no final, mas com a divisão de cores, no azul e vermelho do Caprichoso e Garantido.

 

Escola mais campeã

 

Vale ressaltar que a Estácio de Sá, reconhecida como a 1ª escola de samba do Brasil e berço do gênero, é a maior vencedora da Série Ouro com 8 títulos desde 1962.

As vitórias também incluem as de quando a escola tinha outro nome, Unidos de São Carlos. A última conquista foi em 2019.

 

Fonte: A Crítica

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