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Cantando na Biblioteca: literatura e mistério na veia cabocla da Amazônia

Sancho Gil reúne gente da cultura e curiosos pra uma viagem de palavra e sentimento

Na quarta-feira (29/10), a Casa das Artes virou um verdadeiro terreiro de cultura e mistério com o lançamento do livro Cantando na Biblioteca, do caboclo enigmático Sancho Gil. Escritores, artistas e a turma que ama leitura se juntou por lá, transformando o lugar numa experiência que mexeu com os sentidos e com o coração.

O lançamento fugiu do esquema de autógrafo tradicional. Cristóvão Coutinho, curador da Casa, explicou que trazer a literatura pra dentro do espaço é abrir portas pra mistura das artes. “A inclusão de lançamentos de livros interessa a todos. Faz parte da nossa programação e também torna necessário que possamos oferecer a integração das artes — e, consequentemente, atrair públicos diversos para a área da cultura”, destacou ele.

O livro, escrito por um cabra cuja identidade ainda é mistério, reúne crônicas publicadas num portal de notícias. Cheio de ironia, metáforas e humor, Sancho Gil fala do cotidiano, da política, da cultura, da economia e da nossa floresta, sempre com um olhar crítico e irreverente.

A sessão de autógrafos teve a presença simbólica do autor, que segue incógnito, mantendo aquele suspense que deixa todo mundo curioso.

O curador Aroldo Azevedo, que assina o prefácio, lembra que o livro provoca e encanta junto.

“Sancho é uma persona, um pseudônimo, e esse é o primeiro livro dele. As crônicas trazem sarcasmo e deboche, mas sem agressividade. Ele costuma dizer que não pode perder o réu primário, então escreve com cuidado, sem deixar de cutucar os temas mais incômodos do nosso tempo”, explicou.

Segundo Azevedo, o título Cantando na Biblioteca já é um manifesto. “É um tapa na cara dessa geração que não aguenta um parágrafo. O autor ironiza a superficialidade das redes sociais e o imediatismo contemporâneo. É um chamado para desacelerar, ouvir e ler com profundidade”, completou.

No fim, a Casa das Artes virou palco de encontro entre mistério, caboclo e literatura, mostrando que por aqui também se canta, lê e se sente a vida com alma e poesia.

FOTOS: Aguilar Abecassis / Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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