
Em 26 de junho de 2015, o mundo testemunhou uma série de ataques terroristas coordenados que deixaram um rastro de destruição e morte em vários países. Este dia fatídico foi apelidado pela mídia anglófona de “sexta-feira sangrenta” e pela mídia francófona de “sexta-feira negra” (francês: Vendredi Noir), marcando um dos momentos mais trágicos e sincronizados de terror global.
Ataques Devastadores em Três Continentes
Os ataques começaram em um resort de praia na Tunísia, onde um terrorista abriu fogo, matando 39 pessoas. Quase simultaneamente, um bombardeio devastador em uma mesquita xiita na cidade do Kuwait tirou a vida de 27 fiéis e feriu vários outros.
Na Síria, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIS) perpetrou um massacre em larga escala em Kobanî, resultando na morte de mais de 223 civis. Entre as vítimas estavam 79 agressores, incluindo 13 homens-bomba, e 23 milicianos curdos. Este incidente foi considerado o segundo maior massacre do EIIS desde o verão de 2014. Ainda na Síria, um atentado suicida do EIIS em Al-Hasakeh causou a morte de 20 pessoas.
Na Somália, militantes do Al-Shabaab atacaram soldados da União Africana do Burundi em Leego, matando 70 militares. Finalmente, em Saint-Quentin-Fallavier, na França, um homem foi decapitado e vários outros ficaram feridos durante um ataque.
O Chamado à Ação e as Consequências
Três dias antes desses ataques, o líder sênior do EIIS, Abu Mohammad al-Adnani, divulgou uma mensagem de áudio incentivando militantes a realizarem ataques durante o mês do Ramadã. O EIIS reivindicou a responsabilidade pelos ataques na Tunísia, Síria e Kuwait.
De acordo com o The Guardian, não há evidências de que os ataques tenham sido coordenados entre os perpetradores, mas a coincidência temporal chamou atenção significativa da mídia global. Um analista de segurança descreveu o dia como “um dia sem precedentes para o terrorismo”.
Um Dia de Luto e Reflexão
No total, mais de 403 pessoas perderam a vida e 336 ficaram feridas, sem contar os agressores. A “sexta-feira sangrenta” de 2015 permanece como um lembrete sombrio do impacto devastador do terrorismo e da necessidade contínua de vigilância e solidariedade global contra tais atrocidades.