Oriente Médio – O conflito entre Irã e Israel entrou no quarto dia com uma nova e intensa onda de ataques durante a noite de domingo (15). O Irã lançou centenas de mísseis contra cidades israelenses, atingindo Tel Aviv, Jerusalém e a região costeira de Haifa. Explosões foram registradas nas proximidades de uma refinaria de petróleo, e a rede elétrica no centro de Israel foi seriamente afetada.
Ao amanhecer desta segunda-feira (16), o cenário em várias cidades israelenses era de destruição: ruas cobertas por destroços, vitrines estilhaçadas e edifícios e veículos danificados. O número de vítimas aumentou nas últimas horas, com pelo menos oito mortos nos ataques noturnos, elevando para 24 o total de mortes em Israel desde o início das hostilidades.
Do lado iraniano, os números também são alarmantes. Autoridades locais relataram pelo menos 224 mortos e mais de 1.200 feridos, a maioria civis, após os bombardeios israelenses que atingiram alvos estratégicos, incluindo bases militares e centros de comando da Guarda Revolucionária.
Israel informou que seus jatos de combate atacaram instalações da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária iraniana, em resposta aos lançamentos de mísseis. No domingo, um ataque aéreo israelense matou o chefe de inteligência da Guarda Revolucionária, intensificando ainda mais a crise.
Em meio à escalada, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou ter aprovado um plano israelense para assassinar o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, e defendeu um possível acordo entre os dois países. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também negou os relatos sobre tal plano.
A tensão nas ruas é visível. Em Teerã, longas filas se formaram em postos de gasolina, com moradores tentando deixar a capital por medo de novos bombardeios. Israel e Irã emitiram alertas para que suas populações evitem áreas próximas a instalações militares.
O conflito também tem impactado a economia global. O preço do petróleo registrou nova alta, acumulando um aumento de 7% na última semana, o que aumenta os temores de que a guerra possa afetar o fornecimento mundial de energia.






