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Iron Maiden e a capa que até Bruce Dickinson acha constrangedora

“Dance of Death” é celebrado pelo som, mas a arte do álbum ainda rende papo entre fãs e músicos

Manaus (AM) – O velho ditado de “não julgar um livro pela capa” vale também pros discos de música pesada. Um bom exemplo é “Dance of Death”, do Iron Maiden. Lançado em 8 de setembro de 2003, o álbum trouxe momentos marcantes da banda no início do século, mas a capa, segundo o próprio vocalista Bruce Dickinson, é meio constrangedora. O assunto veio à tona na entrevista da banda na revista Metal Hammer, edição 405 (outubro de 2025).

Bruce relembra a arte negativa de “Dance of Death” e compartilha a opinião de muita gente: “A capa era também controversa. Um trabalho em progresso, parcialmente finalizado, mas Steve amou e não deveria ser mudada. Pessoalmente, ainda a acho constrangedora… o artista ficou tão horrorizado que tirou seu nome dos créditos do álbum. Eu não o culpo.”

Mesmo com capa polêmica, o disco foi sucesso absoluto: chegou ao 1º lugar na Itália, Suécia, Finlândia, Grécia e República Tcheca, alcançou o 3º lugar no Brasil e o 18º nos EUA. Fãs e críticos celebraram como um dos melhores trabalhos da banda, apesar da capa estar sempre nas listas das piores já feitas. O responsável pela arte, David Patchett, pediu para não ser creditado. Segundo ele, sua ideia inicial era o Eddie vestido de morte cercado por monges, mas o empresário Rod Smallwood achou o visual vazio e mandou acrescentar personagens, o que irritou David.

No fim, só Janick Gers curtiu mesmo a capa: “Adoro; acho inquietante”, comentou sobre Eddie caracterizado como a Morte. Para Steve Harris, porém, o que importa é o som: “‘Dance of Death’ é um álbum forte e bastante variado. Tem o balanço certo, reunindo coisas pesadas e diretas com outras mais épicas. Tinha esperanças de que surpreendesse as pessoas. E também de que fizesse os palhaços [da crítica] engolirem as próprias palavras depois do que disseram do ‘Brave New World’.”

Já Bruce Dickinson mantém a sinceridade: “O álbum como um todo não era tão bom quanto ‘Brave New World’. Era como se tivéssemos sofrido uma pequena ressaca criativa e estivéssemos forçando de leve a barra para superar o trabalho anterior. A única exceção, a meu ver, era ‘Paschendale’. Essa música era de cair o queixo.”

(*) Fonte: Igor Miranda

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