DestaqueSaúde

Beijo pode transmitir doenças como herpes, mononucleose infecciosa e candidías

A médica infectologista Dra. Fabiane Borges oferece dicas para proteção e prevenção

O Carnaval é um momento de liberdade e expressão, mas também pode ser um período de riscos para a saúde. Com a proximidade da festa, é importante lembrar que a diversão pode ter um preço, especialmente se não forem tomadas as devidas precauções.

De acordo com a Dra. Fabiane Giovanella Borges, médica infectologista, o beijo pode ser um canal fácil para a troca de germes, provocando infecções como herpes, mononucleose infecciosa e candidíase oral. Além disso, doenças como HIV, sífilis e hepatite também podem ser transmitidas por meio de contato íntimo.

Nesta matéria, vamos explorar os riscos associados ao beijo durante o Carnaval e como você pode se proteger. A Dra. Fabiane Borges nos oferece insights valiosos sobre as doenças transmissíveis, os cuidados necessários e as estratégias de prevenção mais eficazes.

 

1. Quais são as principais doenças transmissíveis que podem ser transmitidas por meio de beijos durante o Carnaval?

 

O Carnaval é um momento de descontração e alegria, mas requer cuidados especiais, principalmente quando se trata de saúde pública. É o período mais propício para contrair diversos tipos de doenças. Por mais inofensivo que pareça, beijar na boca pode ser um canal fácil para a troca de germes, através da boca ou da troca de saliva, provocando infecções como herpes, mononucleose infecciosa (conhecida popularmente como “doença do beijo”) e candidíase oral. Doenças causadas por bactérias, vírus, fungos e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem ser transmitidas através desse tipo de contato.

 

2. Qual é o risco de transmissão de doenças como HIV, sífilis e hepatite por meio de beijos?

 

A diversão está por toda parte durante o Carnaval, mas é muito importante lembrar dos cuidados com a saúde. Embora a transmissão do HIV pela saliva seja extremamente rara e só ocorra na presença de lesões com sangue, outras infecções, como sífilis, gripe, varicela, caxumba e Covid, podem ser transmitidas pelo beijo.

 

3. Quais são as principais medidas de prevenção para evitar a transmissão de doenças por meio de beijos durante o Carnaval?

 

Vacinação em dia e alguns cuidados básicos na hora da folia são importantes medidas de prevenção durante o Carnaval. A saliva transmite infecções comuns, como as que causam febre, ISTs, respiratórias e algumas que atingem o sistema digestivo. Portanto, quanto maior o número de bocas diferentes que o indivíduo beijar, maiores as chances de aquisição de doenças. O ideal é prevenir a contaminação, ter uma boa higiene oral e manter a imunidade alta com alimentação saudável para ter maior resistência a possíveis infecções.

 

4. Como é importante o uso de preservativos nas relações sexuais no Carnaval?

 

O uso de preservativos e a prática do sexo seguro são métodos eficientes para que foliões vivam sua sexualidade sem pôr a saúde em risco. No Carnaval, a atenção deve ser redobrada, e para cair na folia com segurança, é fundamental usar camisinha em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal). Aproveite a festa com responsabilidade e cuide-se para garantir que a alegria do Carnaval dure o ano inteiro.

 

5. Como é feito o diagnóstico de doenças transmissíveis adquiridas por meio de beijos durante o Carnaval?

 

Ao observar qualquer sintoma ou sinal, procure uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação especializada. Somente um profissional da área da saúde pode avaliar cada caso adequadamente e adotar medidas para proceder com o diagnóstico e tratamento.

 

6. Quais são as estratégias mais eficazes para promover a prevenção e a conscientização sobre as doenças transmissíveis no Carnaval? 

 

Ao meu ver, é importante alcançar principalmente o público jovem, que muitas vezes está mais exposto a comportamentos de risco, como o uso de drogas recreativas, o consumo de álcool e as relações sexuais sem proteção. Aliado a isso, a divulgação e indicação adequada da prevenção combinada, que envolve a adoção de múltiplas estratégias para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Isso inclui, por exemplo, o uso correto de preservativos, a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição). O uso de preservativos continua sendo uma das formas mais eficazes de prevenção do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites. Além disso, evita-se uma gravidez não planejada. Por fim, é de suma importância lembrar que todos esses métodos combinados de prevenção do HIV, incluindo os preservativos, são distribuídos gratuitamente em qualquer serviço público de saúde.

 

Fonte: A Crítica

Mostrar mais

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios