
Desde a chegada dos portugueses em 1500, o Brasil já perdeu mais de 33% de suas áreas naturais. Até 1985, o país havia perdido 20% dessas áreas. Nos anos seguintes, até 2023, essa perda aumentou para 33%, o que representa a destruição de 110 milhões de hectares — o equivalente a 110 milhões de campos de futebol.
Impacto Ambiental
A perda de vegetação nativa, como florestas, rios, praias e dunas, tem consequências diretas no clima, que pode se tornar mais severo, além de aumentar os riscos de desastres naturais. Metade dessa devastação ocorreu na Amazônia, onde a área destruída é equivalente ao tamanho de toda a França. Na região, a combinação de seca, queimadas e desmatamento ilegal agrava ainda mais a situação ambiental.
Crise Hídrica
O Brasil enfrenta uma das piores crises hídricas de sua história, com previsões indicando um volume de chuvas 50% abaixo do normal para o restante do ano. Enquanto isso, as temperaturas mais altas do que o normal para a estação aumentam o consumo de energia, pressionando o sistema elétrico nacional.
Com as hidrelétricas, principais fontes de energia do país, sofrendo com a falta de água, o governo considera acionar usinas termelétricas para evitar apagões nos horários de pico. No entanto, essas usinas são mais caras, pois operam com a queima de combustíveis, o que pode resultar em um aumento significativo na conta de luz dos brasileiros.
A combinação de perda de áreas naturais e crise hídrica representa uma ameaça crescente ao meio ambiente e à economia do Brasil, exigindo ações urgentes para mitigar seus impactos.